Exames

Exames Otorrinolaringológicos na Clínica Otorhinus – Diagnósticos Precisos

Vídeo Endoscopia Nasal

O exame de Video-naso-laringoscopia sob Sedação Padronizada, também conhecido como Sonoendoscopia ou Endoscopia do Sono Induzido (DISE) é um exame complementar, na avaliação da Apneia Obstrutiva do Sono (AOS). A localização do sítio de obstrução da via aérea superior durante o sono, possibilita o entendimento da causa da apnéia de cada paciente e a indicação de tratamento de forma mais eficaz. Tem amplo respaldo científico, sendo realizado na Europa há mais de 20 anos, e em alguns centros no Brasil.

Atualmente o tratamento mais indicado e comprovado para a AOS é a utilização de um aparelho que mantém a via aérea desobstruída, chamado CPAP (Continuous Positive Airway Pressure, ou seja, pressão positiva contínua nas vias aéreas), que gera e mantém um fluxo de ar constante na via aérea do paciente, impedindo colabamento e obstrução. Porém, não são todos os pacientes que melhoram, se adaptam ou aderem ao uso do CPAP e assim buscam uma alternativa para o tratamento.

Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) – Por que tratar?

Hoje em dia, somos obrigados a assumir uma rotina diária cada vez mais corrida e estressante, por isso dormir bem torna-se fundamental.

Durante o sono não estamos em total inatividade, é esperado um descanso mental e corporal (muscular e cardiorrespiratório) mas também ocorre a liberação de importantes hormônios para o ajuste de nosso metabolismo, como o hormônio do crescimento e o hormônio da saciedade.

Assim, um sono de má qualidade, atrapalhado pelas pausas e esforços respiratórios (apneias), levam a inúmeras implicações para a saúde: sonolência durante o dia, sensação de estar sempre cansado, dor de cabeça ao acordar, redução da memória e atenção, ganho de peso e outras.

Caso esse quadro não seja corrigido, existe um risco aumentado para acidentes de trânsito e de trabalho, obesidade e doenças cardiovasculares com elevada morbidade e mortalidade, como infarto do miocárdio, diabetes e acidente vascular cerebral. Devido a estas consequências os custos estimados nos Estados Unidos do não tratamento dessa doença é de cerca de 3,4 bilhões de dólares por ano para o sistema de saúde.

 Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) – É uma Doença Comum?

A apneia do sono é um grave problema de saúde pública e os dados de prevalência desta doença são alarmantes. Em estudo na cidade de São Paulo, 26% dos motoristas de caminhão tinham alto risco de ter apneia do sono e a maioria admitiu que já tinha cochilado no volante. Em outro estudo, também na cidade de São Paulo, 32,8% da população geral tinha apneia do sono.  Em populações de risco para apneia do sono, tais como, populações de obesos e de hipertensão arterial a prevalência de apneia do sono pode ser ainda maior. Portanto, a apneia do sono é uma doença muito frequente embora uma grande parte dos indivíduos que a possuem permanece sem o diagnóstico.


Realizada pela Dra. Fernanda Martins de Andrade

Vídeo Faringo-Laringoscopia

É um exame que permite a visualização direta da faringe, laringe e estruturas adjacentes, por meio um endoscópio rígido (introduzido através da boca) ou flexível (pelo nariz) com uma microcâmera na ponta.

1.Preparação:

  • O paciente pode ser orientado a evitar a ingestão de alimentos por algumas horas antes do exame.
  • Pode ser necessário o uso de um descongestionante nasal ou anestésico local, a critério do médico assistente.
  • É importante informar ao médico sobre qualquer condição de saúde pré-existente, medicamentos em uso e alergias.
  1. Procedimento:
  • O paciente é colocado confortavelmente sentado.
  • O endoscópio é inserido cuidadosamente pela cavidade oral ou nasal.
  • A câmera transmite imagens em tempo real para um monitor, permitindo ao médico visualizar as estruturas de interesse (faringe, cordas vocais, epiglote, etc).
  • O procedimento pode incluir, se necessário, a coleta de amostras para biópsia ou cultura.
  1. Duração:
  • O exame geralmente dura poucos minutos, dependendo da complexidade da avaliação.
  1. Pós-procedimento:
  • Após o exame, o paciente pode apresentar sensação de anestesia na garganta que dura normalmente entre 10 e 20 minutos (recomenda-se não ingerir água ou alimentos nesse período).
  • Quando realizado pelo nariz, o paciente pode sentir algum desconforto nasal, apresentar espirros ou coceira no nariz.
  • A maioria das pessoas pode retomar suas atividades normais imediatamente após o procedimento.
  1. Indicações:
  • Sintomas Persistentes: Avaliação de sintomas como rouquidão persistente, dor de garganta crônica, dificuldade para engolir, ou tosse persistente, que não respondem a tratamentos convencionais.
  • Avaliação de Lesões: Investigação de tumores, pólipos ou nódulos na faringe ou laringe.
  • Diagnóstico de Doenças: Diagnóstico de condições como laringite aguda ou crônica, câncer de laringe, paralisia das cordas vocais, refluxo laringofaríngeo ou outras doenças inflamatórias e infecciosas da região.
  • Pré-operatório: Avaliação antes de procedimentos cirúrgicos relacionados à faringe e laringe para melhor planejamento e execução.
  • Monitoramento: Acompanhamento de pacientes com doenças pré-existentes para avaliar a resposta ao tratamento ou a progressão da doença.
  • Problemas Funcionais: Avaliação de problemas relacionados à voz ou à função respiratória.
  1. Conclusão:

A video-faringo-laringoscopia é uma ferramenta valiosa para o diagnóstico e manejo de condições que afetam a faringe e a laringe, proporcionando uma visão detalhada e direta dessas estruturas.

Vídeo Endoscopia de Deglutição

(VED ou FEES – Fiberoptic Endoscopic Evaluation of Swallowing)

É um exame que avalia a função da deglutição através de uma microcâmera flexível introduzida pelas cavidades nasais. É de extrema utilidade para diagnosticar doenças relacionadas à deglutição e avaliar a segurança e a eficácia do ato de engolir.

1.Preparação:

  • O paciente pode ser orientado a evitar a ingestão de alimentos por algumas horas antes do exame.
  • Normalmente o médico assistente não utiliza nenhum medicamento para a realização do exame.
  • É importante informar ao médico sobre qualquer condição de saúde pré-existente.
  1. Procedimento:
  • O paciente é colocado confortavelmente sentado.
  • O endoscópio é inserido cuidadosamente pela cavidade nasal mais pérvia e posicionado na garganta.
  • A câmera transmite imagens em tempo real para um monitor, permitindo ao médico visualizar as estruturas de interesse, especialmente aquelas relacionadas ao processo de deglutição.
  1. Avaliação:
  • O paciente é solicitado a engolir diferentes consistências de alimentos e líquidos, geralmente corados artificialmente para facilitar a visualização do trânsito alimentar.
  • O médico observa como esses alimentos são conduzidos pela garganta e avalia se há, por exemplo, sinais de aspiração (entrada de alimentos ou líquidos nas vias aéreas).
  1. Duração:
  • O exame geralmente dura entre 20 e 30 minutos, dependendo da complexidade da avaliação.
  1. Pós-procedimento:
  • O paciente pode sentir algum desconforto no nariz, apresentar espirros ou coceira nasal.
  • A mucosa oral adota a coloração do corante utilizado na avaliação, que vai desaparecendo com a ingestão de alimentos e com a ajuda da própria saliva.
  • A maioria das pessoas pode retomar suas atividades normais imediatamente após o procedimento.
  1. Indicações:
  • Dificuldades de Deglutição: Quando o paciente apresenta sintomas como engasgos frequentes, sensação de alimento preso na garganta ou tosse durante as refeições.
  • Aspiração: Para verificar se alimentos ou líquidos estão entrando nas vias aéreas, o que pode levar a pneumonia por aspiração.
  • Identificar o Grau e a Origem do Distúrbio: Para avaliar a gravidade da disfagia e para diferenciar entre a disfagia orofaríngea e a de origem esofágica.
  • Distúrbios Neuromusculares: Em casos de doenças neuromusculares que afetam a função de deglutição, como acidente vascular cerebral (AVC), esclerose lateral amiotrófica (ELA) ou paralisia vocal.
  • Avaliação Pré-operatória: Antes de procedimentos cirúrgicos que podem afetar a deglutição, para obter uma linha de base sobre a função de deglutição do paciente.
  • Monitoramento: Para acompanhar o progresso em pacientes com condições que afetam a deglutição e ajustar o plano terapêutico junto ao fonoaudiólogo, conforme necessário.
  1. Conclusão: 

Esse exame é particularmente valioso porque fornece uma visão direta e dinâmica do processo de deglutição, permitindo uma avaliação mais precisa e uma abordagem mais direcionada no tratamento dos pacientes com disfagia.

 

Audiometria / Impedanciometria

A Audiometria é um teste utilizado para avaliar a acuidade auditiva em diferentes frequências e intensidades sonoras. O teste é realizado em uma sala silenciosa ou em uma cabine à prova de ruído externo e a pessoa testada usa fones de ouvido para identificar os diferentes sons apresentados.

A Impedanciometria avalia os aspectos relacionados à transmissão do som através da orelha média em direção à cóclea. É um teste que verifica as condições da membrana timpânica (tímpano), ossículos (martelo, estribo e bigorna) e a tuba auditiva (canal que liga a nasofaringe à orelha média). É muito importante para identificar patologias nessas regiões, pois, muitas vezes, o exame físico pode não ser conclusivo isoladamente.

Esses dois testes são rápidos, indolores e geralmente são realizados juntos. Frequentemente são solicitados quando há suspeita de doenças da orelha média, presença de otalgia (dor de ouvido), sensação de oclusão (ouvido tampado ou cheio), perda auditiva, zumbido, tonturas, vertigens, paralisia facial, entre outros.

Vectoeletronistagmografia

É um exame utilizado para avaliar o funcionamento do sistema vestibular, que é responsável pelo nosso equilíbrio e pela orientação no espaço. Essa técnica mede a atividade dos músculos que controlam os olhos, permitindo a identificação de disfunções vestibulares e outras condições relacionadas. Está indicado principalmente no diagnóstico de pacientes com afecções no labirinto, mas permite também identificar se o problema é de origem central (cérebro).

Ajuda na identificação de doenças vestibulares, como vertigem posicional paroxística benigna (VPPB), doença de Ménière, e outras desordens do equilíbrio. Auxilia na orientação do tratamento, seja por meio de reabilitação vestibular, medicação ou intervenções cirúrgicas. Pode ser repetido ao longo do tempo para monitorar a progressão da doença e a eficácia do tratamento.

As indicações para a realização do exame são: desequilíbrio, tontura, zumbido no ouvido, perda auditiva, cinetose, dores de cabeça, quedas, doenças cerebelares, etc.

Trata-se de ferramenta essencial na prática clínica para entender e tratar problemas relacionados ao equilíbrio e à função vestibular.

BERA

O BERA tem por objetivo avaliar a integridade funcional do nervo auditivo, através da resposta elétrica que ocorre no seu trajeto até o tronco encefálico em reação a um estímulo acústico. Ajuda a identificar a presença e o grau de perda auditiva, especialmente em recém-nascidos e crianças pequenas que não podem realizar testes auditivos tradicionais. Pode ser usado também para detectar lesões no nervo auditivo ou no tronco encefálico e monitorar a função auditiva ao longo do tempo em pacientes com doenças neurológicas ou otológicas. É um exame não invasivo e geralmente realizado em um ambiente controlado, onde o paciente é exposto a sons enquanto eletrodos colocados na sua cabeça registram as respostas do cérebro.

Esse exame é indicado quando há suspeita de perda auditiva em qualquer faixa etária. É uma ferramenta importante na pediatria neonatal, por exemplo, pois consegue avaliar e discriminar lesões importantes no recém-nascido. Nos primeiros anos de vida, anomalias auditivas podem ter repercussões graves para a criança, por isso necessitam de maior atenção e intervenção precoce.

Otoemissões Acústicas

Esse exame permite a detecção de alterações auditivas relacionadas à cóclea. É um método simples, rápido e sem restrições de idade, que, por lei, deve ser realizado em todo recém-nascido. Ele avalia o funcionamento da orelha interna na faixa de frequência de 500 a 8.000 Hz, ajuda na identificação precoce de deficiências auditivas e monitora alterações em pacientes que estão sob diversos tipos de tratamento.

Eletrococleografia

É um exame que avalia a atividade elétrica do ouvido interno, especialmente das células ciliadas da cóclea. Ele é realizado através da colocação de eletrodos no ouvido, que medem as respostas elétricas geradas pelas estruturas auditivas em resposta a sons. Auxilia no diagnóstico de condições como a doença de Menière, que causa vertigem e perda auditiva; avalia a integridade das células ciliadas e a resposta auditiva; pode ser usada na pesquisa das causas do zumbido; e fornece informações que podem auxiliar no planejamento de intervenções, como o uso de próteses auditivas ou cirurgia.

Acufenometria

É um exame que identifica as características psicoacústicas do acúfeno ou zumbido, ou seja, a frequência sonora e a intensidade que mais se assemelha ao zumbido do paciente. Avaliação do Zumbido: Ajuda a caracterizar o zumbido em termos de frequência, intensidade e tipo, o que é essencial para entender a condição do paciente.

É muito importante no planejamento do tratamento do zumbido, pois fornece informações valiosas que podem orientar as estratégias mais adequadas, como terapia sonora, dispositivos auditivos ou intervenções psicológicas.

Vídeo Laringo Estroboscopia (Apenas na unidade Hospital Português)

É um exame que permite a visualização detalhada das estruturas da garganta, mais especificamente das cordas vocais, utilizando um endoscópio rígido ou flexível equipado com uma microcâmera na ponta e uma luz estroboscópica. Esse exame é frequentemente utilizado para avaliar a função e anatomia das cordas vocais, com uma precisão que não é possível com exames convencionais.

1.Preparação:

  • O paciente pode ser orientado a evitar a ingestão de alimentos por algumas horas antes do exame.
  • Pode ser necessário o uso de um descongestionante nasal ou anestésico local, a critério do médico assistente.
  • É importante informar ao médico sobre qualquer condição de saúde pré-existente, medicamentos em uso e alergias.
  1. Procedimento:
  • O paciente é colocado confortavelmente sentado.
  • O endoscópio é inserido cuidadosamente pela cavidade oral ou nasal.
  • A câmera transmite imagens em tempo real para um monitor, permitindo ao médico visualizar as estruturas de interesse, especialmente as cordas vocais.
  • Uso do Estroboscópio: A luz estroboscópica emite pulsos em uma frequência específica, de acordo com a voz do paciente. A vibração das cordas vocais é, então, detectada pela luz estroboscópica, fazendo com que pareça mais lenta e facilitando sobremaneira os diagnósticos de lesões que passariam despercebidas em outros exames.
  1. Duração:
  • O exame geralmente dura poucos minutos, dependendo da complexidade da avaliação.
  1. Pós-procedimento:
  • Após o exame, o paciente pode apresentar sensação de anestesia na garganta que dura normalmente entre 10 e 20 minutos (recomenda-se não ingerir água ou alimentos nesse período).
  • Quando realizado pelo nariz, o paciente pode sentir algum desconforto nasal, apresentar espirros ou coceira no nariz.
  • A maioria das pessoas pode retomar suas atividades normais imediatamente após o procedimento.
  1. Indicações:
  • Disfonia Persistente: Quando o paciente apresenta alterações na voz, como rouquidão ou perda de voz, que não melhoram com tratamento convencional.
  • Lesões na laringe: Para avaliar nódulos, pólipos, cistos, sulcos ou outras lesões nas cordas vocais.
  • Suspeita de Câncer: Para examinar tumores na laringe e identificar lesões que possam ser pré-cancerígenas.
  • Avaliação Pré-operatória: Para planejar cirurgias nas cordas vocais ou na laringe, evitando surpresas no ato cirúrgico.
  • Distúrbios da Função Vocal: Para diagnosticar e monitorar condições que afetam a produção da voz, como paralisia das cordas vocais, ou simplesmente para descartar lesões orgânicas e direcionar melhor o tratamento fonoaudiológico.
  1. Conclusão: 

A vídeo-faringo-laringo-estroboscopia é uma ferramenta extremamente valiosa para o diagnóstico minucioso das lesões vocais. É um exame seguro e que pode causar um leve desconforto durante a sua realização.

P300 (Apenas na unidade Hospital Português)

P300 (Potencial Evocado Auditivo de Longa Latência)

É um procedimento que auxilia a análise do Processamento Auditivo Central. Através da observação de processos, que ocorrem no córtex cerebral relacionados com a cognição, memória e atenção auditivas necessárias aos processamento auditivo central.

PAC (Processamento Auditivo Central)

 

O PAC avalia como o cérebro processa as informações auditivas. Esse tipo de avaliação é fundamental para identificar dificuldades no processamento das informações sonoras, que podem não ser detectadas em testes auditivos convencionais. Ele ajuda a identificar problemas no processamento auditivo, que podem afetar a compreensão da fala; auxilia na avaliação de transtornos de aprendizagem, no planejamento de intervenções, como terapia fonoaudiológica; e permite o acompanhamento de mudanças nas habilidades auditivas ao longo do tempo, especialmente em crianças em fase de desenvolvimento.

Videoendoscopia Nasossinusal

 

É um exame que utiliza um endoscópio rígido ou flexível com uma microcâmera na ponta, para visualizar diretamente a cavidade nasal e os acessos aos seios paranasais. Esse procedimento é realizado para diagnosticar doenças que afetam a mucosa do nariz, dos seios da face e estruturas adjacentes.

1.Preparação:

  • O paciente pode ser orientado a evitar a ingestão de alimentos por algumas horas antes do exame.
  • Pode ser necessário o uso de um descongestionante nasal ou anestésico local, a critério do médico assistente.
  • É importante informar ao médico sobre qualquer condição de saúde pré-existente, medicamentos em uso e alergias.
  1. Procedimento:
  • O paciente é colocado confortavelmente sentado.
  • O endoscópio é inserido cuidadosamente na cavidade nasal.
  • A câmera transmite imagens em tempo real para um monitor, permitindo ao médico visualizar as cavidades nasais e os acessos aos seios paranasais.
  • O procedimento pode incluir, se necessário, a coleta de amostras para biópsia ou cultura.
  1. Duração:
  • O exame geralmente dura poucos minutos, dependendo da complexidade da avaliação.
  1. Pós-procedimento:
  • Após o exame, o paciente pode sentir algum desconforto nasal, apresentar espirros ou coceira no nariz.
  • A maioria das pessoas pode retomar suas atividades normais imediatamente após o procedimento.
  1. Indicações para o Exame:
  • Sinusite Crônica: Identificar a extensão da inflamação e a presença de pólipos ou outras complicações.
  • Pólipos e Tumores Nasais: Avaliar a localização e o tamanho das lesões e decidir sobre a necessidade de tratamento clínico e/ou cirúrgico.
  • Rinite Alérgica: Investigar a causa dos sintomas persistentes, especialmente quando as medidas clínicas não são eficazes.
  • Desvio do septo nasal: Determinar o local da obstrução e avaliar necessidade de tratamento cirúrgico.
  • Dor Facial: Avaliar se a dor é causada por problemas nasossinusais ou se há outra origem.
  • Sangramento Nasal: Identificar a causa e planejar o tratamento.
  • Dor de ouvido ou Inflamação da orelha média: Identificar doenças nas tubas auditivas ou em estruturas adjacentes.
  • Avaliação Pré-operatória: Avaliar a anatomia e as condições da cavidade nasal e dos seios paranasais antes de realizar procedimentos cirúrgicos.
  • Monitoramento: Observar a resposta ao tratamento de condições como sinusite ou polipose nasal.
  • Identificação de Anomalias Anatômicas: Avaliar malformações congênitas ou adquiridas que possam estar afetando a função nasal ou sinusal.
  1. Conclusão:

O exame é uma ferramenta valiosa para um diagnóstico preciso e para o adequado planejamento do tratamento das mais diversas condições nasossinusais, permitindo uma visão detalhada das estruturas internas, o que não é possível a olho nu.

Sonoendoscopia

O que é este exame? Qual a indicação?

O exame de Video-naso-laringoscopia sob Sedação Padronizada, também conhecido como Sonoendoscopia ou Endoscopia do Sono Induzido (DISE) é um exame complementar, na avaliação da Apneia Obstrutiva do Sono (AOS). A localização do sítio de obstrução da via aérea superior durante o sono, possibilita o entendimento da causa da apnéia de cada paciente e indicação de tratamento de forma mais eficaz. Tem amplo respaldo científico, sendo realizado na Europa há mais de 20 anos, e em alguns centros no Brasil.
Atualmente o tratamento mais indicado e comprovado para a AOS é a utilização de um aparelho que mantem a via aérea desobstruída, chamado CPAP (Continuous Positive Airway Pressure, ou seja, pressão positiva contínua nas vias aéreas), que gera e mantém um fluxo de ar constante na via aérea do paciente, impedindo colabamento e obstrução. Porém, não são todos os pacientes que melhoram, se adaptam ou aderem ao uso do CPAP e assim buscam uma alternativa para o tratamento.

Sindrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) – Por que tratar?

Hoje em dia, somos obrigados a assumir uma rotina diária cada vez mais corrida e estressante, por isso dormir bem torna-se fundamental.
Durante o sono não estamos em total inatividade, é esperado um descanso mental e corporal (muscular e cardio-respiratório) mas também ocorre a liberação de importantes hormônios para o ajuste de nosso metabolismo, como o hormônio do crescimento e o hormônio da saciedade.
Assim, um sono de má qualidade, atrapalhado pelas pausas e esforços respiratórios (apneias), levam a inúmeras implicações para a saúde: sonolência durante o dia, sensação de estar sempre cansado, dor de cabeça ao acordar, redução da memória e atenção, ganho de peso e outras.
Caso esse quadro não seja corrigido, existe um risco aumentado para acidentes de trânsito e de trabalho, obesidade e doenças cardiovasculares com elevada morbidade e mortalidade, como infarto do miocárdio, diabetes e acidente vascular cerebral. Devido estas consequências os custos estimados nos Estados Unidos do não tratamento dessa doença é de cerca de 3,4 bilhões de dólares por ano para o sistema de saúde.

Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) – É uma Doença Comum?
A apneia do sono é um grave problema de saúde pública e os dados de prevalência desta doença são alarmantes. Em estudo na cidade de São Paulo, 26% dos motoristas de caminhão tinham alto risco de ter apneia do sono e a maioria admitiu que já tinha cochilado no volante. Em outro estudo também na cidade de São Paulo, 32,8% da população geral tinha apneia do sono. Em populações de risco para apneia do sono, tais como, populações de obesos e de hipertensão arterial a prevalência de apneia do sono pode ser ainda maior. Portanto, apneia do sono é uma doença muito frequente embora uma grande parte dos indivíduos que a possuem permanece sem o diagnóstico.

Realizada pela Dra. Fernanda Martins de Andrade